Para registro deixo aqui a transcrição das noticias publicadas na imprensa local sobre o ocorrido no Loteamento Cipriano da Rocha no dia de ontem 24 de junho de 2010.
Famílias perdem casas em reintegração
Por : Diogo Brondani e Maurício Barbosa
Os moradores da casa 6, na quadra 25, e da casa 19, da quadra 26, já não durmiam tranquilos há dias. A moradora Odila Francisco Rodrigues passou mal com a chegada da polícia e foi levada ao hospital para atendimento médico. A proprietária da outra casa, que também estava sendo reintegrada ao Município, também precisou de cuidados médicos. Marta vivia no loteamento desde fevereiro deste ano quando o Município cedeu uma casa para ela morar devido a um incêndio. Marta foi internada para tratar uma leucemia na quarta-feira e não estava em casa para arrumar seus pertences. Os móveis e todos os objetos da moradora foram retirados pelos vizinhos e guardados na casa ao lado. “Eu não tenho nem ideia para onde eu vou quando eu sair daqui”, comenta Marta, ainda no hospital. Odila Rodrigues afirma estar sem rumo. “Nós estamos andando pelo mundo, não temos para onde ir. Hoje, nós vamos dormir na casa de um vizinho, amanhã eu não sei”, desabafa. Domingos, marido de Odila, guardava alguns pertences dentro do carro da família enquanto as outras coisas eram retradas pelos funcionários da Prefeitura. “Eu não invadi, eu paguei pela casa”, destaca Peranzoni.
No lugar dos moradores e de seus bens, ficaram apenas as casas vazias sobre os cuidados de dois vigilantes da Prefeitura. Segundo a assessoria da Prefeitura, novos moradores que se inscreveram nos processos seletivos devem ser beneficiados com as residências.
http://www.arazao.com.br/2010/06/24/familias-perdem-casas-em-reintegracao/
:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
Uma saída forçada
Duas famílias foram retiradas de casa no Cipriano da Rocha Duas famílias tiveram de deixar as casas onde moravam no loteamento Cipriano da Rocha, na Região Oeste, na manhã de ontem. A desocupação foi comandada pela prefeitura, que obteve na Justiça mandados de reintegração de posse dos imóveis. Todo o processo foi desencadeado porque os atuais moradores estavam em situação irregular. Eles teriam comprado as residências dos verdadeiros beneficiários do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que é ilegal.
Cerca de 90 policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar apoiaram a ação de remoção. Um dos coordenadores do Movimento Nacional de Luta pela Moradia e morador do loteamento, Paulo Freitas condenou a quantidade de militares empregados na ação.
– O aparato policial usado foi humilhante para a população – considera.
Segundo ele, móveis de uma das moradoras, uma idosa de 67 anos, foram levados pela prefeitura a um depósito. A outra moradora teria deixado os pertences na casa de vizinhos.
Uma das moradias será ocupada pela família de Jerceli da Silva Silveira. Hoje, ela mora no terreno de familiares, com os dois filhos – um menino de 4 anos e uma menina de 11. Ambos têm problemas de saúde. Desde 2008, ela estava inscrita em dois programas – Minha Casa, Minha Vida e Programa de Arrendamento Residencial (PAR). Diante da situação, Jerceli entrou na Justiça e conseguiu o direito a uma moradia. A prefeitura recebeu a determinação judicial para abrigar a família. Ontem, com a desocupação das casas do loteamento, ela pôde receber seu futuro lar.
– Estou bem feliz – declarou.
http://www.clicrbs.com.br/dsm/rs/impressa/4,38,2949188,14966
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
Nenhum comentário:
Postar um comentário